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Momento da Creche: adaptação para a criança e família

adaptacao-escolarDecidir o momento de matricular seu filho na creche é uma decisão difícil. Após ter optado por ficar um tempo sem trabalhar para cuidar e curtir esse momento com a Joana é chegada a hora de voltar para o mercado de trabalho.

Como terei que retornar em breve, eu e meu esposo decidimos colocar nossa filhota um pouco antes na creche para que nós duas pudéssemos nos adaptar a nova rotina.

Eis o motivo de tanto tempo sem postar nada. Joana começou a adaptação no início de setembro e, de lá para cá, foram muitas etapas vencidas e expectativas superadas.

Sabemos que cada criança tem um tempo de adaptação. Umas levam apenas alguns dias e logo estão à vontade com os novos horários e pessoas. Por outro lado, algumas crianças levam um pouco mais de tempo. Tudo depende de uma série de aspectos, da faixa etária, do método de adaptação utilizado pela escola e da forma como é acolhida. Saber lidar com as expectativas nesta fase é muito importante. Digo por experiência própria!

Nos primeiros dias Joana estava hiper bem e comendo. Já na semana seguinte – a semana “caiu a ficha” – foi diferente: não comia direito e tinha momentos tranquilos e de muito choro. Fiquei arrasada porque criei falsas expectativas no início por acreditar que a adaptação dela não seria muito difícil.

Na realidade, sentia muita culpa por pensar que estava gerando algum tipo de sofrimento na minha filha. Cheguei a me questionar e a conversar com meu marido se aquele era realmente o momento certo, se não tinhamos acelerado as coisas…e que talvez ainda não estava na hora da Joana. Pensamos em mudar o horário, passá-la para de tarde porque achávamos que de repente não tinha rolado empatia entre ela e as professoras. Enfim… pensamos e conversamos muito.

Passados cerca de 15 dias (sendo que Joana adoeceu neste intervalo) decidimos ir conversar com a coordenadora de expor nossas preocupações e ansiedades. Ela nos apoiou e explicou de forma detalhada como acontecia esse período de adaptação para criança e pediu mais alguns dias para vermos como seria a evolução dela. Após sairmos reconfortados e mais confiantes decidimos manter a nossa pequena na creche e esperar pacientemente pelo momento dela.

Foram momentos difíceis para mim. Não conseguia pensar em nada que não fosse na Joana. Fiquei para baixo e ao deixá-la me sentia triste…mas até que finalmente o dia dela chegou! Antes do mês acabar ela desabrochou. A sensação foi maravilhosa em ver sua filha se divertindo e interagindo sem ter você por perto! Uma sensação de dever cumprido..mais uma etapa vencida! Yeah!

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Enquanto pensava neste post e em compartilhar com vocês essa experiência..achei que seria válido dar algumas dicas para pais de primeira viagem como nós:

1. Esteja seguro em relação à escolha da creche. É importante confiar nas pessoas que cuidarão do seu filho. Isso também passa mais confiança para a criança.

2.Avalie se o método de adaptação da escola é compatível com o que deseja.

3.Se for possível, matricule seu filho em alguma creche perto de casa ou do trabalho para que qualquer eventualidade você possa chegar rapidamente ao local. Ainda mais na fase de adaptação.

4.Converse com seu filho no caminho para a escola e explique para onde ele está indo. Prepare-o. Mesmo muito pequenos e sem falar direito..acredito que as crianças conseguem compreender muitas coisas.

5. Depois que pegar o filhote na escola procure dar atenção..conversar e brincar. Afinal, ele ficou parte do dia sem você. Fazer um mimo e dizer que estava com saudades é altamente recomendável! hehe

Encontrei também este artigo que dá um panorama completo sobre como se dá o acolhimento e adaptação para crianças, famílias e métodos de planejamento usados pela escola. Vale a leitura com certeza! Espero que gostem!

 

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Já nasceu?! É mudança que não acaba mais…

Depois que me tornei mãe e várias amigas também..um assunto recorrente tem sido a dificuldade dos maridos em assimilar a nova tarefa. Do outro lado, os papais de primeira viagem se defendem e dizem que são tantas as mudanças na vida do casal e nas prioridades que às vezes fica difícil de assimilar tudo tão rapidamente.

Minha experiência não foi diferente. Tanto eu (sim, me incluo nesta!!) quanto o meu marido tivemos um choque de realidade com a chegada da Joana. Comigo o choque não foi tão grande porque a mãe leva nove meses gerando um bebezinho ..acontecem mudanças físicas e emocionais..tudo ao mesmo tempo. Com os papais, apesar de também estarem “grávidos” (leia aqui sobre alguns mitos sobre a paternidade), às vezes a ficha só cai mesmo quando o filho nasce. Aí vem uma avalanche de sentimentos de uma só vez para os coitados assimilarem!

A partir daí é que acredito que a paternidade realmente começa a aflorar…para uns esse processo é mais rápido e para outros demora um pouco mais. Artur sempre me ajudou com a Joana, mas, algumas vezes, eu morta de cansada e exausta por conta das noites mal dormidas em consequência das cólicas e amamentação exclusiva…ainda tinha que ouvir no outro dia do maridão: “Ah amor, você não pode trocar essa fralda pra mim? “. Nossa, subia o sangue!

Como qualquer casal…tivemos nossas discussões, mas aos poucos as coisas foram melhorando e com o tempo ele foi entendendo que a vida mudou e que não importasse nossas condições, se estávamos cansados, felizes ou tristes, com saúde ou doentes..a nossa filha precisava da gente e só podia contar conosco!

Algo que auxiliou muito a nossa família no entendimento dessas mudanças de prioridades e determinação de papeis foi o livro de Laura Gutman (clique aqui para saber mais). A intenção do livro não é ser um manual, mas a autora demonstra a importância, por exemplo, do papel do pai (ou qualquer outra pessoa que desempenhe essa função) na separação emocional de mãe e filho, o que segundo Gutman, acontece por volta dos dois anos de idade da criança.

Com esse último Dia dos Pais fiz uma retrospectiva aqui na minha cabeça de como estamos mais unidos e em sintonia. Eu já sabia que Artur seria um paizão, mas me surpreendo a cada dia em como ele é intuitivo.. às vezes até mais do que eu..e de como é presente e participativo na vida da Joana..mesmo quando está longe e viajando está sempre antenado com a rotina dela. Me pergunta se ela tomou a vacina direitinho e como foi o dia dela.

Fico radiante em ver isso tudo porque sei que no mundo de hoje..ser pai e mãe..de maneira realmente participativa na vida dos filhos está cada vez mais difícil. Muitas vezes as pessoas não querem abrir mão de suas vidas, profissional, etc, pelos filhos. É claro que é necessário um equilíbrio: buscar a realização pessoal, mas sem esquecer dos filhos..de dar amor e, principalmente, valores.

Ter filhos é muita doação e renúncia.. tanto do pai quanto da mãe. Realmente é difícil de entender tantas mudanças com o nascimento deles, mas felizmente acho que aqui em casa entendemos essa lição. Que venham as próximas!!

Dedico este post aos grande amores da minha vida…

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Bem-vindos!

Olá! Ter um blog é uma meta antiga, mas a correria do dia a dia sempre me fez com que deixasse essa vontade meio de lado. Sempre fui interessada em uma diversidade de temas e desde que me tornei mãe todos os assuntos ligados à maternidade e à infância têm me trazido certo fascínio. Devo isso à minha filhinha Joana, que me ensina a cada dia novas lições sobre a vida e sobre mim mesma..nos mais variados aspectos. Daí me veio a vontade de compartilhar alguns acontecimentos, assim como, dividir dicas, dúvidas e desabafos! Só para ficar claro: Não sou do ramo da Psicologia, apesar de achar que deveria ter ido para essas bandas, mas espero poder ajudar nesse reencontro interior..que a maternidade nos proporciona lindamente!